sábado, 2 de novembro de 2013

“Lili Marlene”: uma canção de amor entre as trinheiras na IIGuerra Mundial

Escrita pelo soldado alemão Hans Leip, em 1915, e composta por Norbert Schultze, em 1938, foi gravada em 1939 por Lale Andersen e, mais tarde, por Marlene Dietrich, que contribui para a sua difusão em versão em inglês.
A canção alcançou enorme popularidade, sendo ouvida e cantada pelas tropas germânicas nas trincheiras e nos desfiles militares, além de outros momentos não oficiais, apesar da oposição do regime nazi, em particular de Joseph Goebbels, que a proibiu. Essa popularidade estendeu-se mesmo às tropas aliadas que a ouviam.
Esta transversalidade de aceitação justifica-se também pelo facto de as tropas americanas gostarem particularmente da versão cantada da canção por Marlene Dietrich, talvez pelo fascínio erótico que exercia sobre eles.
Trata-se de uma canção de amor em que um soldado, junto à caserna, à luz de uma lanterna, fala do seu encontro com a namorada, mesmo correndo o risco de ser castigado durante três dias. E mesmo na ausência da amada, ela dar-lhe-á o alento ao rememorar os seus lábios apaixonados.
E no fim da canção, diz o soldado: “E quando as nuvens tardias se moverem/Eu estarei junto a lanterna/Como antigamente Lili Marleen.
Afinal, o velho lema “amor vincit omnia” (o amor vence tudo), mesmo em situações de guerra, tem plena confirmação, se atendermos ao caráter transnacional da adesão afetiva dos soldados à canção e ao seu significado humano.
Como se tornou um mito da cultura alemã, que tem sido usada em vários contextos culturais (basta que pensemos no filme homónimo de Werner Fassbinder), tem sentido apresenta-la aqui, para divulgá-la por quem não a conheça.

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