(...)
Aquele
que afirmasse:
“Quando os seres humanos
espezinham todo o respeito
pelo que se deve reconhecer
intocável,
os deuses não lhes são
solícitos: eles não se dignam!”,
esse homem é um ímpio!
Fanfarronadas inauditas
engendram o desastre,
logo que fumega o orgulho
ilegitimamente,
que as Casas regurgitam um
fausto exorbitante!
A justa medida é o bem supremo:
Possa ter um destino
que o ponha ao abrigo dos
sofrimentos
aquele que tem por quinhão a
sabedoria da alma –
e possa contentar-se com isso!
- Tão farto quanto estiver de riquezas,
elas não são uma proteção
para o homem que, com um pontapé,
derrubou e aboliu
o altar imenso da justiça.
Cf. “O Coro”, vv. 368-386, in Agamémnon de Ésquilo