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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

"E agora, José", um poema de Carlos Drummond de Andrade para todos os momentos de crise


O poema "E agora, José?" foi escrito durante a Segunda Guerra Mundial (1942) quando o Brasil vivia sob a ditadura de Vargas. É uma interrogação que o personagem José, alter ego do poeta, lança a si próprio sobre o sentido da criação estética, quando o caminho do mundo vai numa direção contrária onde a palavra poética parece não ter ressonância. Mas, mesmo assim, o poeta não pode abdicar da sua tarefa, não dorme, não se cansa, não morre “...Se você dormisse, se você cansasse, se você morresse...”, porque uma dureza o leva a continuar a marchar, ainda que não saiba para onde (...Você marcha, José! / José, para onde?”). Na esteira da resposta de Heidegger à questão de Hölderlin “para quê os poetas em tempo de penúria?, Drummond continua a considerar que a poesia é de alcance  vital sempre e sobretudo nos momentos de crise, nos do seu tempo e nos do nosso.
Eis o poema, com música: 
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